Para ler e refletir...

A cada dia novos produtos revolucionam o mundo das apresentações, tornando-as mais bonitas, interessantes e eficientes. Por isso, o professor precisa dominar e estar sempre atualizado com os equipamentos e recursos que a todo o momento são lançados no mercado.
Seria difícil imaginar uma apresentação de boa qualidade sem o apoio dos recursos audiovisuais. Para que se tenha uma idéia da importância deles, basta dizer que se apresentarmos uma mensagem apenas oralmente, depois de três dias os ouvintes irão se lembrar apenas de 10% do que lhes foi transmitido. Entretanto, se essa mesma mensagem for apresentada com o auxílio de um visual, eles se lembrarão de 65% do que lhes foi comunicado.
A utilização das imagens audiovisuais no processo educativo é uma exigência do mundo atual. Sua ausência na escola é uma perda de oportunidade tão grande, que compromete o processo educacional/cultural do presente e futuro da sociedade e contribui para perpetuar a geração de analfabetos também da linguagem audiovisual desta nova sociedade, ainda em construção.
O novo milênio que se aproxima, devido à crise societária generaliza, trás consigo a gênese histórica de uma nova era. A era do desenvolvimento cientifico e tecnológico, marcada por uma cultura audiovisiva, pela comunicação globalizada, que possibilita a circulação de imagens e informações, a construção de novos valores e produção de novos conhecimentos. É a era das imagens que tanto podem enriquecer como empobrecer o processo civilizatório de uma determinada sociedade.
A sociedade brasileira está imersa nesta revolução. A revolução planetária das linguagens audiovisuais. Ao mesmo tempo, vivencia uma crise de transição histórica desde pelo menos a segunda metade deste século. A escola pela função que exerce de transmissora e reprodutora da vida comunitária, sofre todas as conseqüências desta crise e não consegue se preparar para enfrentar as exigências do mundo atual. O professor continua exibindo posturas controladoras no processo pedagógico, enquanto os alunos quase nunca são consultados " sobre como, quando, o que aprender e por que aprender " os conteúdos de um currículo. No mundo da cultura audiovisiva, a escola se encontra à margem deste processo e o aluno não é sequer estimulado a produzir uma comunicação impressa, como um jornal.
Vale destacar que esta idéia não busca formar na escola organismo que venha especializar tecnicamente profissionais para manusear os recursos audiovisuais, mas sim encontrar caminhos entre o corpo docente e discente na dinâmica da construção educativa, para a utilização pedagógica destes novos elementos que o desenvolvimento cientifico e tecnológico nos proporciona e que podem tornar a escola um espaço VIVO, que produz e recria conhecimentos. Caberá ao núcleo descobrir o como, quando, por que e para que utilizar os novos elementos comunicacionais. É preciso que os profissionais da educação percebam que a educação de qualidade não está associada apenas ao uso desses equipamentos. É necessário refletir de que para uma escola ser de qualidade ela precisa vislumbrar ações na produção de novos saberes.